terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

MEU PAI E A DILMA


Por Marcos A. de Souza
Meu pai não sabe quem é Dilma Roussef... Para ele pode ser tanto a mulher do tempo quanto uma atriz da novela das oito. Nem passa pela sua cabeça que ela é a candidata do Lula, o presidente que ele votou nas duas últimas eleições presidenciais e diz aprovar sua gestão... Acho que no máximo ele pensa que ela é uma espécie de secretária do Lula, porque sempre que se fala em um, aparece do lado o outro...
Mesmo meu pai e tantos outros não sabendo quem é  a "mãe do PAC", Dilma Roussef empatou tecnicamente dentro da margem de erro com um velho conhecido de outros pleitos, o governador paulista José Serra. De acordo com a pesquisa CNT/Sensus de janeiro de 2010, num cenário em que Ciro Gomes concorre à presidencia, José Serra atinge 33,2% dos votos ante a 27,8% de Dilma... Com uma margem de erro de três por cento para mais ou para menos, José Serra poderia estar hipoteticamente com 30,2%, enquanto Dilma  com 30,8%,  se considerarmos esta margem de erro.
Sem Ciro na disputa, Serra lidera com 40,5% e Dilma aparece com 28,5%... Nada mal para uma ilustre desconhecida que em  2008 tinha menos de 10% do eleitorado. Vale ressaltar que a "Dama de Ferro do PT" é a que sofre o menor índice de rejeição entre os candidatos...
O mais revelador é que na pesquisa espontânea, mesmo sendo desconhecida de parte significativa do eleitorado, Dilma aparece liderando... 


E meu pai segue sem saber quem é Dilma Roussef. .. Isso pode ser positivo para a candidatura da ministra, porque começando a campanha, Lula será o garoto-propaganda número 1 de Dilma...
Pode ser que meu pai como tantos outros passem a conhecer a mãe do PAC e até votar nela.... O outro ele já conhece, e não gosta nem um pouco.
Como já postei em outra oportunidade, não é que Dilma seja a candidata ideal, porque de fato ela não o é... 
É que do outro lado nem plástica, nem maquiagem, nem marketing ajuda...
Pode ser que gente como o meu pai ajude a mãe do PAC a subir a rampa do Palácio do Planato e receber a faixa presidencial do Lula no 1 de janeiro de 2011.
Já que não tem outro remédio, vai esse amargo mesmo... Melhor do que o veneno engendrado nos laboratórios do neoliberalismo.

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