Entre telenovelas alienantes e informações manipuladas, a mídia de difusão de massas do Brasil tem se especializado em revelar homens iluminados para governar o destino do "país do futuro".
Quem não se lembra do collorido pacto engendrado entre os media mass do Brasil, especialmente a TV Globo e Fernando Collor de Melo, chegando ao ponto de romper o recorde do absurdo da manipulação midiática quando a emissora da família Marinho manipulou um decisivo debate presidencial entre o "Bem Amado", o "mais preparado" do Collor e o "analfabeto" do Lula.
Pois é. Para quem está acostumado a seguir de forma hipnótica as telenovelas, basta prestar atenção que as histórias são sempre as mesmas : a mocinha sofre durante 99% da história nas mãos de um vilão terrível que paga os seus pecados no último capítulo, enquanto o casal protagonista vive feliz para todo o sempre.
E parece que das telenovelas, a mídia tem tirado a inspiração para conduzir as campanhas políticas. A mesma base daquela velha história do "Collor" mais preparado, do "queridinho da mídia", tem se repetido em prol de José Serra, o "Bem Amado" da mídia na atualidade...
Elegem-se os vilões e os mocinhos... Os diretores mais preparados dirigem e editam as cenas que irão fazer o telespectador chorar e se identificar com um dos personagens...
SE SERRA É UNANIMIDADE NA IMPRENSA BRASILEIRA, VEJAMOS O QUE SE PUBLICA NO EXTERIOR DO "MAIS PREPARADO".
Elegem-se os vilões e os mocinhos... Os diretores mais preparados dirigem e editam as cenas que irão fazer o telespectador chorar e se identificar com um dos personagens...
Enquanto os media mass alardeiam as virtudes do candidato do PSDB com mensagens explicitas, como aquela da campanha instutucional da TV Globo, Dilma, cujo passado deveria ser enaltecido pela resistencia ao totalitarismo, é surrada da forma mais baixa pelos saudosos dos tempos em que a direita neoliberal governava o país.
E como tem gente boa e honesta caindo nessa farsa montada pelos media mass controlados pela elite tupiniquim...
Eles não conseguem enxergar que por detrás das lentes e dos tinteiros existe um roteiro ficticio, onde na verdade o candidato mais "preparado" é aquele que se dobrará mais facilmente aos interesses hegemônicos da classe dominante.
E se o "caçador de marajás" iniciou o processo de abertura neoliberal do Brasil, a motoSERRA irá liquidar com o resto do patrimônio nacional que escapou do leilão promovido por FHC e sua camarilha.
E se o "caçador de marajás" iniciou o processo de abertura neoliberal do Brasil, a motoSERRA irá liquidar com o resto do patrimônio nacional que escapou do leilão promovido por FHC e sua camarilha.
Não percam os próximos capítulos... Só falta agora José Serra pilotar um caça supersônico tal qual Collor na campanha de 1990.
COLLOR EM 1990 E...
JOSÉ SERRA NA ATUALIDADE: "QUALQUER SEMELHANÇA NÃO TERÁ SIDO MERA COINCIDÊNCIA".
___________________________________________ SE SERRA É UNANIMIDADE NA IMPRENSA BRASILEIRA, VEJAMOS O QUE SE PUBLICA NO EXTERIOR DO "MAIS PREPARADO".
A FARSA DE SERRA
(Artigo de Martin Granovsky.Publicado originalmente no jornal argentino PÁGINA 12 com o título "Mejor Joia que Farsa" e traduzido para o portugues por Marcos A. de Souza. Para ver a publicação original, clique aqui)Os brasileiros deveriam escrever um livro e envia-lo para cá: um manual para entender José Serra. O candidato de oposição para as eleições presidenciais de outubro disse primeiro que o Mercosul é uma “farsa”. Depois sugeriu “flexibilizar o Mercosul”.
Como se flexibiliza uma farsa? Mistério. O que fica claro aqui na Argentina é que José Serra aponta o Mercosul como algo negativo. Para ele, seria postivo que o Brasil assinasse muitos tratados de livre comércio. Segundo Serra, o Brasil não pode faze-lo, justamente por culpa das barreiras que supostamente impõe o Mercosul. Isto significa dizer que seu horizonte de política exterior é claro: menos Mercosul e muitos TLCs.
Segundo dados do Intal, o Instituto para a Integração da América Latina (...) em meio a pior crise economica desde os anos 30, o valor do intercambio comercial do Brasil com o Mercosul foi de 28,9 bilhões de dólares em 2009, quase igual a cifra registrada em 2007 antes da crise:28,9 bilhões.
(...) Nem Brasil nem Argentina sofreram em 2009 como a Grécia. Nem tampouco estão sofrendo como os gregos em 2010, caso paradigmático da atualidade que aponta para um país obrigado a seguir o caminho da contração fiscal e econômica já sofrido pelos brasileiros com Fernando Henrique Cardoso e pelos argentinos com Carlos Menem.
Mas a Grécia está geograficamente muito longe. Mais perto de nós, o México sofreu mais a crise porque 80% de seu comércio depende dos EUA [...] Brasil e Argentina foram menos golpeados pela crise. Em parte cada um amortizou o golpe baseado em uma política neodesenvolvimentista que compensou a queda, apostando numa retomada do crescimento e não em ajustes.E em parte o feito concreto é que não necessitaram de nenhum Tratado de Livre Comércio (TLC) para seguir com a estratégia de comércio diversificado (...).
O Mercosul não é um paraíso, particularmente graças ao esvaziamento político do bloco realizado pela dupla FHC-Menem com ajuda de Domingo Cavalo, o ministro argentino que adorava as áreas de livre comércio e detestava o Mercosul tanto quanto Serra.
O fato é que hoje, o Mercosul representa um dos distintos resultados concretos da política de integração regional, como a Unasul, o Conselho de Defesa Sul-Americano e a estratégica estabilidade sul-americana entre Brasil e Argentina. (...) Não é pouco: a região não apresenta nenhum conflito limítrofe importante e revela um alto grau de sintonia e um nível de paz que hoje são uma raridade mundial.(...)
Quando a palavra farsa aparece em meio desta construção imperfeita, mais persistente, convém acender luzes de alerta: Serra (...) escolheu o espetáculo para se diferenciar de Lula e da candidata do PT Dilma Roussef? É provável, mas no seu caso convém levar em conta que sempre receou da relação privilegiada do Brasil com a Argentina. Se de fato ele ignora as cosntruções institucionais coletivas, talvez seu posicionamento aponte para uma dissolução dos organismos regionais de integração em prol de múltiplos TLCs particulares.
Mais a aposta a favor dos TLCs não serviria para amortizar uma crise feroz. Tampouco é uma receita útil para solucionar por meio da negociação diplomática, como já aconteceu com as tensões políticas vividas nos últimos anos nos casos da Bolívia, da Colômbia, da Venezuela e do equador, ou ainda, para abrir a possibilidade da inclusão de Cuba nos mecanismos de integração regional, como aconteceu durante o I Encontro de presidentes da América Latina e do Caribe.
Não são gestos retóricos. Quanto mais se intensifica a integração regional, mais fácil será para cada país negociar em um mundo turbulento. A América do sul provou que pode manter diferenças com os EUA, como quando rechaçou a ALCA, um tema que hoje parece arquivado para todos – vale saber se para Serra também - evitando a hostilidade infantil com Washington.Brasil e Argentina, os dois maiores sócios do Mercosul, tiveram um postura comum frente a divida: tornaram-se independent do FMI, aumentaram suas reservas (...) Os dois países ambicionam agora reformas democrátizantes no FMI e outros organismos multilaterais. (...) Com essa política, Brasil e Argentina cresceram e diminuiram a pobreza e a miséria extrema. O mesmo fez o Uruguai, primeiro com Tabare Vasquez e agora com Mujica, sendo que o Paraguai tenta o mesmo com Lugo.
O resultado, com o Mercosul não é tão ruim se comparado com épocas anteriores de recessão, ou como na primeira etapa Cavalo-Menem, de crescimento sem justiça social nem aumento do emprego.
Que farsa Serra quer montar no Brasil? Com FHC e com Menem, ambos países terminaram chorando. E na vida, utilizando uma expressão brasileira, sempre é melhor a “jóia” (positivo).
Você só está esquecendo uma coisa: Esse Collor hoje é da base aliada do PT de Lula.
ResponderExcluirJóia...
Isso é apenas um mero detalhe que a nossa democracia burguesa (prostituta) permite...
ResponderExcluirComo a ideologia parece ser um texto esquecido pelos nossos atores políticos, é possível que estratégias passem por cima de principios.
O fato é que nada disso diminui o papel protagônico da mídia na ascensão de Collor ao poder... Exatamente como se faz agora com o Serra.
Enquanto as regras do jogo vigente se perpetuarem, muitos abraços e beijos ardentes ocorrerão entre antigos rivais do passado, mas amantes do presente...
Basta ver o cenário político do Paraná, que viu dois adversários que se degladiaram nas últimas eleições (Requião e Osmar Dias) e que agora estão num matrimônio até que outro pleito os separe...
Infelizmente será assim enquanto se perpetuar a democracia burguesa.
E o que que tem o Collor ser da base aliada de Lula? Isso diminui a manipulação da Globo?
ResponderExcluirNo jogo da política nem sempre é possível escolher alianças. Se pensa no todo e não nas partes.
É aquela velha história de que os fins justificam os meios.
Esse pessoal se faz de desentendido, pensam que se Lula não tivesse feito as alianças que fez teria chegado ao final do primeiro mandato?
ResponderExcluirNa, ne, nin, non.
Pra se ter uma idéia, o pmdb deve ter em tôrno de 5 ministérios, já imaginaram o que isso significa, mas não tem outro jeito, tem que ceder.
Uma das formas de diminuir isso será votando Dilma presidente e para deputados senadores votem na legenda PT, assim muitas alianças serão evitadas e a corrupção não vai acabar, mas é certo que vai diminuir.