segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

OS COMUNISTAS COMEM CRIANCINHAS?



Por Marcos A. Souza

Parece ser mito a velha "suspeita" de que "os comunistas comem criancinhas". A julgar pelas últimas  estatisticas da UNICEF sobre Cuba, parece cair por terra a afirmação popularizada no Brasil pelos nosssos avós durante a ditadura militar, com o objetivo de doutrinar seus netinhos desde a mais tenra idade sobre os "perigos do comunismo", senão vejamos.
Cuba terminou o ano de 2009 com a menor taxa de mortalidade infantil das Américas...
 Apesar do bloqueio estadunidense que já dura meio século impedir que o país adquira em condições de normalidade no exterior, além de alimentos e máquinas, também os medicamentos e equipamentos médico-hospitalares necessários para promover o bem estar da sua população, Cuba alcançou um indice de mortalidade infantil de 4,8 óbitos para cada mil nascidos vivos. Indice menor inclusive que o dos EUA e do Canadá, que giram em torno de 7 e 6 óbitos por cada mil nascimentos respectivamente. A esse respeito, um artigo intitulado "Health Care? Ask Cuba" publicado no The New York Times reconhece de forma contundente a superioridade cubana em matéria de proteção infantil:

"Aqui está o fato doloroso: se os EUA tivessem uma taxa de mortalidade infantil tão boa quanto a de Cuba, nós salvaríamos 2.212 bebês americanos a mais por ano."

Vale ressaltar que em algumas províncias cubanas essa taxa chegou a 3,5 para cada mil nascimentos, sendo ainda de zero em mais de vinte municipios de um total de 169 que conta o país.
Diante dessas constatações , parece ser espantoso e no mínimo contraditório que uma criança tenha mais chance de sobreviver na "ilha-prisão governada pela cruel e sanguinária ditadura dos irmãos Castro", (como é qualificada a Revolução Cubana pelos "democratas de plantão") , que no país paladino da liberdade, da democracia, dos direitos humanos e detentor da hegemonia do poder economico. E vale ressaltar para os críticos de plantão, que esses dados não são estatisticas divulgadas pela "ditadura cubana", mas sim pela UNICEF, Fundo da ONU para a Infancia. O mesmo órgão que recentemente apontou que o pobre e bloqueado país caribenho é único da América Latina que eliminou a desnutrição infantil severa.

Fonte da Imagem: http://www.soberania.org/
Para se ter uma idéia dessa importante conquista cubana , no Brasil a taxa de mortalidade infantil é de cerca de 18 para cada mil nascidos vivos, podendo chegar a 51,9‰ em Alagoas e a 40,7‰ no Maranhão . Isso significa dizer que que uma criança nascida em Cuba tem em média dez vezes mais chance de completar um ano do que uma nascida na  Alagoas de Collor ou no Maranhão de Sarney.
Afinal, se Cuba consegue manter indices de mortalidade infantil menores que a de vários países do chamado "Primeiro Mundo", mesmo sendo um país pobre e bloqueado pela maior potencia economica do planeta,  não é vergonhoso que no Brasil,  a décima maior economia do mundo, uma criança tenha aproximadamente 4 vezes menos  chance de completar um ano de vida que uma nascida em Cuba?
Por fim, chego a terrível conclusão de que são nossos dirigentes que andam se banqueteando com criancinhas, através do vergonhoso saque que promovem às verbas que deveriam ser destinadas a promoção e a garantia das mínimas condições de vida digna à população, diante do sucateamento dos serviços públicos, em especial à saúde.
Em pensar que até um dia desses muita gente acreditava que eram os comunistas que comiam criancinhas.

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